domingo, 12 de junho de 2016

O Pastor Deve Ser Sustentado Pela Igreja?



Hoje eu li um artigo que tinha como título "É lícito um pastor ganhar salário?", do site:http://www.pulpitocristao.com/2010/01/e-licito-o-pastor-ganhar-salario/, e pra minha surpresa, eu li cada aberração nos comentários que me levou a escrever este artigo que segue abaixo.

É lamentável ver tanta gente expondo as suas opiniões sem fundamento bíblico, sem coerência, sem justiça e sem amor.
O que importa não é o que pensamos sobre o assunto, e sim o que a Bíblia diz.
Quanto gente que se diz crente colocando opiniões totalmente diferentes do que a Bíblia ensina. 
Que vergonha! Quanta ignorância! Está na hora do povo ler e estudar melhor a Bíblia.

A pergunta é: O que a Escritura diz sobre o sustendo do pastor? Essa é a pergunta certa.

Vamos para as respostas bíblicas:

1. Cristo disse aos seus discípulos que o trabalhador é digno do seu sustento.

"Vão! Eu os estou enviando como cordeiros entre lobos. Não levem bolsa nem saco de viagem nem sandálias; e não saúdem ninguém pelo caminho. Quando entrarem numa casa, digam primeiro: ‘Paz a esta casa’. Se houver ali um homem de paz, a paz de vocês repousará sobre ele; se não, ela voltará para vocês. Fiquem naquela casa, e comam e bebam o que lhes derem, pois o trabalhador merece o seu salário. Não fiquem mudando de casa em casa. Quando entrarem numa cidade e forem bem recebidos, comam o que for posto diante de vocês". Lucas 10:3-8

Cristo ordenou que os seus discípulos comessem e bebessem o que as pessoas dessem, isto seria o salário deles.

Ele não disse que os seus discípulos deveriam trabalhar fora para se manter, pelo contrário. Ele diz que quem ouve o Evangelho deve dar de comer e beber para quem prega o Evangelho.

2. Cristo era sustentado pelos bens de mulheres que foram agraciadas por ele.

"Depois disso Jesus ia passando pelas cidades e povoados proclamando as boas novas do Reino de Deus. Os Doze estavam com ele, e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e doenças: Maria, chamada Madalena, de quem haviam saído sete demônios; Joana, mulher de Cuza, administrador da casa de Herodes; Susana e muitas outras. Essas mulheres ajudavam a sustentá-los com os seus bens. 
Lucas 8:1-3

O próprio Cristo era sustentado por mulheres. Este era o seu salário.

3. Paulo ensinou que todo pregador tem direito a ter o seu sustento.

"Não temos nós o direito de comer e beber? Não temos nós o direito de levar conosco uma esposa crente como fazem os outros apóstolos, os irmãos do Senhor e Pedro?
Ou será que apenas eu e Barnabé não temos o direito de deixar de trabalhar para termos sustento? Quem serve como soldado às suas próprias custas? Quem planta uma vinha e não come do seu fruto? Quem apascenta um rebanho e não bebe do seu leite? Não digo isso do ponto de vista meramente humano; a Lei não diz a mesma coisa? Pois está escrito na Lei de Moisés: "Não amordace o boi enquanto ele estiver debulhando o cereal". Por acaso é com bois que Deus está preocupado? Não é certamente por nossa causa que ele o diz? Sim, isso foi escrito em nosso favor. Porque "o lavrador quando ara e o debulhador quando debulha, devem fazê-lo na esperança de participar da colheita".
Se entre vocês semeamos coisas espirituais, seria demais colhermos de vocês coisas materiais? Se outros têm direito de ser sustentados por vocês, não o temos nós ainda mais? Mas nós nunca usamos desse direito. Pelo contrário, suportamos tudo para não colocar obstáculo algum ao evangelho de Cristo. Vocês não sabem que aqueles que trabalham no templo alimentam-se das coisas do templo, e que os que servem diante do altar participam do que é oferecido no altar? Da mesma forma o Senhor ordenou àqueles que pregam o evangelho, que vivam do evangelho. Mas eu não tenho usado de nenhum desses direitos. Não estou escrevendo na esperança de que vocês façam isso por mim. Prefiro morrer a permitir que alguém me prive deste meu orgulho. 1 Coríntios 9:4-15

Paulo abriu mão do seu direito de ser sustentado pela igreja de Corinto, mas não obrigou os outros a fazerem o mesmo, pelo contrário, ele ensinou que salário é direito de todo trabalhador, inclusive do pregador.

4. Paulo ordenou que o discípulo deve partilhar todas as coisas boas com o seu mestre.

"O que está sendo instruído na palavra partilhe todas as coisas boas com quem o instrui". 
Gálatas 6:6

Tudo que desfrutamos de bom na vida, devemos partilhar com os nossos mestres espirituais.

5. Paulo precisou ser sustentado pela igreja de Filipos.

"Apesar disso, vocês fizeram bem em participar de minhas tribulações. Como vocês sabem, filipenses, nos seus primeiros dias no evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja partilhou comigo no que se refere a dar e receber, exceto vocês; pois, estando eu em Tessalônica, vocês me mandaram ajuda, não apenas uma vez, mas duas, quando tive necessidade. Não que eu esteja procurando ofertas, mas o que pode ser creditado na conta de vocês. Recebi tudo, e o que tenho é mais que suficiente. Estou amplamente suprido, agora que recebi de Epafrodito os donativos que vocês enviaram. Elas são uma oferta de aroma suave, um sacrifício aceitável e agradável a Deus. O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus. Filipenses 4:14-19

A famosa promessa de (Fp. 4.19) foi dada a única igreja que sustentou o apóstolo Paulo quando ele estava passando necessidade.
Este texto nos ensina que quem sustenta homens de Deus será sustentado por Deus.

6. Paulo ensinou que pastores que lideram bem a igreja e que se dedicam ao ensino e a pregação devem receber salário dobrado.

"Os presbíteros que lideram bem a igreja são dignos de dupla honra, especialmente aqueles cujo trabalho é a pregação e o ensino, pois a Escritura diz: 'Não amordace o boi enquanto está debulhando o cereal', e 'o trabalhador merece o seu salário' ". 1 Timóteo 5:17-18

De acordo com a Escritura, pastor que é excelente líder, mestre e pregador deve ganhar em dobro.

Fiz questão de colocar o contexto bíblico para que ninguém tenha dúvidas que o pastor que trabalha liderando, ensinando e pregando tem DIREITO ao seu sustento, ou seja, SALÁRIO.

Se alguém discorda dessas verdades, está discordando de Deus, de Cristo, dos Apóstolos e da Bíblia, pois foi Deus quem disse: "Não amordace o boi enquanto ele estiver debulhando o cereal". Por acaso é com bois que Deus está preocupado? Não é certamente por nossa causa que ele o diz? Sim, isso foi escrito em nosso favor. 1 Coríntios 9:9-10. Cristo disse: "... àqueles que pregam o evangelho, que vivam do evangelho". 1 Coríntios 9:14. Paulo disse: "Os presbíteros que lideram bem a igreja são dignos de dupla honra, especialmente aqueles cujo trabalho é a pregação e o ensino..." 1 Timóteo 5:17.

Alguém trabalha de graça? Claro que não. Então por que só o pastor tem que trabalhar de graça?

Agora eu pergunto: Qual deve ser o salário de um homem que deixa o seu trabalho para ser pastor integralmente na igreja e tem uma esposa para cuidar e filhos para sustentar?

Quanto deve ser o salário de um pastor que dedica mais o seu tempo com a igreja do que com a sua família, que aconselha, prega, ensina, batiza, faz casamento e velório, reconcilia casais, que é traído, caluniado, criticado, perseguido, injustiçado, humilhado, ofendido, rejeitado e desprezado por pessoas de dentro e fora da igreja, que zela pela sua reputação, seu caráter e seu nome?

Termino dizendo o seguinte: 

Se você quer ter um pastor que cuide da sua vida, que ensine e pregue a Palavra de Deus, então você tem a obrigação de sustentá-lo.

Isto é bíblico, justo e coerente.

Agora, se você não quer sustentar um pastor, então não vá na igreja dele, não busque ajuda desse pastor, não participe dos cultos que ele realiza, não peça para ele fazer o seu casamento e batismo, não ouça as suas pregações e nem participe dos cursos que ele realiza. 

As pessoas querem ouvir uma boa mensagem, um bom conselho, um ótimo ensino, mas não querem sustentar o pastor.

Isto é ANTIBÍBLICO!

E antes de externar a sua opinião, vai ler a Bíblia primeiro, por favor!!!

Renato Corumbá.

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Fonte: http://quedizaescritura.blogspot.com.br/2013/01/o-pastor-deve-ser-sustentado-pela-igreja.html

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Você não pode dominar o orgulho



Muitas vezes as pessoas se vangloriam e pensam que podem conter o pecado, particularmente o orgulho. Pensam que, ao invés de o pecado dominá-las, elas é que o dominam. Este tipo de pensamento manifesta um desastre anunciado. 

O orgulho não é algo para ser manipulado. Ele não é por você. Ele se opõe e destrói. 

Havia uma estória perturbadora aqui na região de Omaha. Um homem de 34 anos costumava andar para cima e para baixo em sua vizinhança exibindo a sua jiboia-constritora de 2 metros para os seus vizinhos. Muitas vezes ele deixava a cobra envolver os seus filhos e escorregar em seus trampolins. Gostava de exibi-la. 

Em uma dessas ocasiões, a cobra apertou o seu pescoço. Dentro de minutos ele estava sem fôlego, no chão, e pouco depois, morto. Seu “bichinho de estimação” tornou-se o seu assassino em matéria de segundos. Este homem superestimou a sua habilidade em dominar a cobra, enquanto subestimou o desejo desta em dominá-lo. 

Muitas vezes, o mesmo se dá com o pecado do orgulho. 

A sutil semente do orgulho cultiva um carvalho da auto-adoração no coração. Nabucodonosor não construiu uma estátua de 12 metros exigindo adoração no primeiro dia de reinado, mas no tempo que julgou oportuno fazê-lo. Foi a trilha gradual do orgulho. 

Salomão não consentiu com a adoração de falsos deuses no primeiro dia. No entanto, foi o lento vazar de idolatria e orgulho, quando seu coração apegou-se a mulheres estrangeiras, e a fama, que mudou a temperatura do culto de Israel, levando-os a um reino dividido.

Nem Judas vislumbra todas as ramificações do seu desejo por dinheiro e poder. Ele só se dá conta quando seu plano finalmente é materializado e a jiboia-constritora da culpa é apertada sobre ele. Ele foi vencido e arruinado. 

Foi o orgulho que incitou Satanás no jardim e induziu Eva a pecar. É o orgulho que sutilmente eleva o eu contra Deus; que tramou e consumou a morte de Jesus. 

O orgulho não é algo para ser levado levianamente, mas identificado e mortificado. Isto é, como cristãos, precisamos estar cientes da nossa susceptibilidade e ele, identificá-lo em nossos corações, e trabalhar ativamente para removê-lo por meio do arrependimento e fé em Cristo.

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Autor: Erik Raymond
Fonte: The Gospel Coalition 
Tradução: Leonardo Bruno Galdino

Pode uma feminista ser contra o estupro? Uma análise da imoralidade feminista



Recentemente o feminismo, aproveitando o caso ocorrido com uma menina de 16 anos que foi estuprada, utilizou isso como um meio para se promover. Revoltando-se com o ocorrido e lutando pelo fim de uma suposta cultura do estupro.

E para começar com a resposta, eu diria que não. Uma feminista não pode ser contra o estupro. E acrescentaria dizendo que ela sequer pode ser contra qualquer tipo de banalidade que ocorre no mundo. O feminismo é, por si só, em sua própria origem, imoral, que permite toda e qualquer tipo de atrocidade humana.

Para isso, basta pensarmos nos pressupostos feministas. Pressuposições são as crenças mais básicas e gerais que alguém pode ter sobre Deus, sobre o homem e sobre o mundo. Geralmente elas não são ponderadas conscientemente, mas funcionam como a perspectiva a partir do qual um indivíduo observa e interpreta o mundo ao seu redor.

Ninguém nasce mulher: torna-se mulher.” Essa frase de Simone de Beauvoir pressupõe o existencialismo ateu de seu marido Jean-Paul Sartre. Segundo a visão de mundo de Sartre, Deus não existe. E por essa razão, o mundo e as pessoas não foram criados por Ele. Há aqui uma clara demonstração de suas crenças básicas sobre Deus, homem e o mundo.

Segundo Sartre, o “existencialismo se define como a crença de que a existência precede a essência.”[1] Ele utiliza o exemplo de uma tesoura para ilustrar a contraposição disso. Considere a tesoura como um objeto a ser fabricado; esse objeto foi fabricado por um artífice que se inspirou num conceito. Desse modo o objeto é produzido de certa maneira, visto que ela tem uma utilidade definida: cortar papel. Podemos assim afirmar que, no caso da tesoura, a essência precede a existência.

Ao concebermos um Deus criador, identificamo-lo como um artífice superior, e admitimos sempre que a vontade segue mais ou menos o entendimento e que Deus, quando cria, sabe precisamente o que está criando.”[2] escreveu Sartre. Dessa maneira, se concebermos que a existência precede a essência, teremos que excluir Deus da nossa cosmovisão.

Porque dizer isso “significa que o homem existe e só posteriormente se define. O homem, tal como o existencialista o concebe, só não é passível de uma definição porque, de início, não é nada: só posteriormente será alguma coisa e será aquilo que ele fizer de si mesmo. Assim, não existe natureza humana, já que não existe um Deus para concebê-la. O homem nada mais é do que aquilo que ele faz de si mesmo: esse é o primeiro princípio do existencialismo.”[3]

Essas declarações de Sartre são a base, ou o pressuposto, no qual o feminismo se sustenta. Não há um Deus criador que criou e projetou a mulher com determinadas funções e papéis da sociedade. E indo ao ponto que a Behavoir propõe em sua frase: não há Deus para criar uma pessoa e dizer: está é mulher. A pessoa por si mesma decide ser o que quer ser.

Sartre não se satisfaz em eliminar Deus somente. Ele diz “que é necessário levar esse fato às últimas consequências. O existencialista opõe-se frontalmente a certo tipo de moral laica que gostaria de eliminar Deus com o mínimo de danos possível.”[4]

E que “o existencialista pensa que é extremamente incômodo que Deus não exista, pois, junto com ele, desaparece toda e qualquer possibilidade de encontrar valores num céu inteligível; não pode existir nenhum bem a priori, já que não existe uma consciência infinita e perfeita para pensá-lo; não está escrito em nenhum lugar que o bem existe, que devemos ser honestos, que não devemos mentir, já que nos colocamos precisamente num plano em que só existem homens. Dostoievsky escreveu: “Se Deus não existisse, tudo seria permitido”. Eis o ponto de partida do existencialismo. De fato, tudo é permitido se Deus não existe. Com efeito, se a existência precede a essência, nada poderá jamais ser explicado por referência a uma natureza humana dada e definitiva; ou seja, não existe determinismo, o homem é livre, o homem é liberdade. Por outro lado, se Deus não existe, não encontramos valores ou ordens que possam legitimar a nossa conduta.”[5]

Sartre nos concedeu a resposta para a pergunta. E ela, claramente, é não. Se não há um Deus autoritário e absoluto que cria as pessoas, incluindo as mulheres, com propósitos específicos, então não há um Deus que dita as regras. Um Deus que diz que uma determinada prática é boa ou má. E as consequências dessa ética subjetivista são terríveis.

O subjetivismo nos diz que não temos nenhuma obrigação de concordar com o seu subjetivismo, ao mesmo tempo em que diz que ninguém tem a obrigação moral de fazer qualquer coisa. Se algo é bom porque uma pessoa considera que é boa, então a crueldade de uma pessoa pode ser tão boa quanto a generosidade de outra. As consequências do relativismo moral são absurdas! A existência de Deus é uma precondição para o conhecimento do bem e do mal.

Mas e quanto a sua luta pelo fim de uma suposta cultura do estupro? O termo foi desenvolvido a fim de mostrar como a sociedade culpava as próprias vitimas de abuso sexual e normalizava a violência sexual contra a mulher. O mesmo poderá ser dito aqui. Se não há um Legislador acima dos homens, então toda norma moral é reduzida a preferências pessoais.

As feministas podem se dizer contra essa cultura meramente por preferência pessoal. Mas quando surge um conflito entre aqueles que não têm um padrão absoluto em que se firmar, o conflito se resolve com base no que se mostrar mais forte. Em outras palavras, é a força que diz o que é certo. Isso acontece porque a sua preferência pessoal não tem nenhuma autoridade sobre a preferência pessoal do seu oponente.

Ao adotarmos um padrão relativo, a objeção aos maus tratos que os homens possam fazer às mulheres fica reduzida ao mesmo nível que nosso gosto particular por certos tipos de comida. Alguns gostam de chocolate, outros não; ou, alguns gostam de estupro, outros podem não gostar.

Segundo os pressupostos feministas, eu poderia neste momento me tornar uma mulher e querer ser uma estupradora de outras mulheres. E não há nada que me diga que isso é errado ou que eu não deva ser uma estupradora. Pois sou livre e não há valor algum que possa deslegitimar a minha conduta.

Somente se Deus existir será errado o maltrato de mulheres em todas as culturas e em todas as épocas, e Deus, no último dia, julgará esse pecado. É óbvio que chocolate e estupro não podem ser comparados. Mas quem não tem tal padrão não tem condições de negar esta comparação.

Por essa razão, toda vez que as feministas dizem que o estupro é errado, ou lutam contra a tal cultura do estupro, elas refutam a si mesmas. Porque pra isso é necessário pressupor um Deus que nos criou e que nos deu normas objetivas.

E se Deus nos criou, como reconheceu Sartre, sabia precisamente o que e para que estava criando, logo as próprias feministas se auto-refutam ao dizerem que temos obrigação de fazer ou não fazer determinada coisa. Portanto, o feminismo está refutado pela sua incongruência prática.

Na tentativa das feministas em dizer que a mulher não tem um papel definitivo na sociedade conferido por Deus, a consequência é tal que conseguem tirar a justificativa de ver o estupro como algo terrivelmente mal. Somente se não formos criados por Deus, poderemos dizer que eu é quem decido a minha essência. E caso isso aconteça, como bem reconheceu Sartre, não há valor ou ordem alguma para que eu possa condenar algo como mal.

Portanto, se você é uma feminista, submeta-se à finalidade para o qual Deus te criou. Pois Deus quando te criou sabia exatamente para o que estava te criando. Você foi criada a imagem e semelhança de Deus; e por essa razão, é incapaz de viver a sua ética subjetivista no mundo criado por Deus.

O fato é que os resultados do feminismo em querer excluir Deus da sociedade são desastrosos. Eles precisam pressupor Deus para manter a distinção de práticas certas e erradas. Elas lutam contra algo que necessitam para se manterem consistentes no que afirmam! Não que elas não afirmem a distinção de bem e mal, mas que elas só podem afirmar porque os pressupostos delas são falsos; e elas foram criadas por Deus para propósitos e fins específicos no mundo. Dessa maneira, eu me alegro toda vez que as vejo se revoltando contra algum ato de imoralidade; porque isso constitui como uma refutação de si mesmas e a afirmação da criação de Deus.

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Notas:
[1] ”O existencialismo é um humanismo”, SARTRE, p.4.
[2] Ibid, p.4.
[3] Ibid, p.4.
[4] Ibid, p.6-7.
[5] Ibid, p.7.

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Autor: Gabriel Reis
Fonte: Gospel Prime

Fonte em que foi extraído o texto: http://bereianos.blogspot.com.br/2016/05/pode-uma-feminista-ser-contra-o-estupro.html

Ética e a pena de morte



Embora o texto [Gênesis 9.6] proíba terminantemente tirar a vida humana e ordene também terminantemente que se tire a vida de qualquer um que derrame sangue, podemos supor que a expressão é uma hipérbole e que o texto fala de tirar a vida de pessoas inocentes. Isso ocorre porque a Lei determina que se tire a vida de alguém em alguns casos, como homicídio doloso (Êx 21.12-16), mas não no caso de homicídio culposo, isto é, sem a intenção de matar (Nm 35.6-34).

O princípio da lei do talião (i.e., vida por vida) fica esclarecido nos mandamentos queEu Sou dá ao povo da aliança acerca do homicida (Nm 35.16-21) e no ensino paulino sobre o cristão e o Estado. No caso de homicídio culposo, o condenado é banido para uma cidade de refúgio, não para uma penitenciaria, até a morte do sacerdote (Nm 35.22-28). No entanto, no caso de homicídio doloso, aquele cometido com intenção de matar, exige-se a pena de morte. No NT, os cristãos não devem se vingar por nenhum mal que venham a sofrer, mas deixar que a ira de Deus vingue esse mal (Rm 12.19). Por sua vez, Deus estabelece o governo como seu ministro, um vingador que executa a ira sobre aquele que pratica o mal (Rm 13.4). O Senhor e Rei supremo municia as autoridades públicas com a espada, o instrumento de morte, para o castigo do malfeitores. A lei que diz: "Quem derramar sangue de homem, terá seu sangue derramado pelo homem" (Gn 9.6) é prova de que, como ministros de Deus, as autoridades públicas têm a responsabilidade de executar a pena de morte no caso de crime de morte. Essa é uma obrigação, não uma opção. Deus diz três vezes:"Cobrarei" (Gn 9.5).

O sangue inocente derramado no caso de assassinato tem de ser compensador: Deus exige prestação de contas por esse sangue, porque ele é vingador (2Rs 9.26; Sl 9.12; Hb 12.24), mas os textos não especificam como. O sangue inocente contamina o culpado e é expiado pela morte do assassino (1Rs 2.32) ou mediante propiciação (Dt 21.7-9). Mesmo no caso de homicídio culposo, o homicida não pode ser posto em liberdade antes da morte do sumo sacerdote. Se o sangue inocente não for expiado, Deus trará condenação à terra (Dt 19.13; 2Sm 21; 1Rs 2.5, 6, 31-33). Se a pessoa que derramar sangue inocente não for castigada, a comunidade que se recusa a estabelecer a justiça será castigada por esse sangue derramado. Por causa do valor que tem a vida humana, por levar a imagem de Deus, e por causa da justiça exigida por derramar sangue inocente, Deus outorga à humanidade a autoridade judicial de impor a pena de morte. Isso demonstra mais uma vez que ele designou a raça humana para governar essa terra em seu nome. Essa autoridade é a base do governo organizado (Rm 13.1-7). Deus institui o lar antes da Queda, para criar uma sociedade em que o amor pode prosperar. Após o diluvio, ele institui o Estado para evitar o crime. Nahum M. Sarna diz: "A destruição do antigo mundo requer o repovoamento da terra e a correção dos males que trouxeram o Dilúvio. Dai por diante, a sociedade tem de estar firmada em bases morais mais seguras".

A lei tinha o cuidado de proteger quem era acusado falsamente. Eram necessárias pelo menos duas ou três testemunhas para se condenar alguém por um crime (Dt 19.15). Se uma testemunha cometesse perjúrio, o juiz responsável pelo processo deveria impor ao perjuro o mesmo que este pretendia fazer com o acusado, até mesmo a vida pela vida (Dt 19.16-21). Por fim, as próprias testemunhas tinham de participar da execução (Dt 17.2-7).

Entretanto, o assassino  que se arrepende de verdade de seu crime, deve ser tratado com misericórdia (Pv 28.13). Embora tenha tirado a castidade de Bate-Seba e assassinado o marido dela, Davi experimentou perdão com base nos atributos divinos e sublimes da graça, do amor inesgotável e da misericórdia (2Sm 12.13-14; Sl 51). O sangue de Cristo fez a propiciação definitiva por todos os pecados de todos os seus eleitos (Hb 7.23-28).
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Autor: Bruce K. Waltke
Fonte: WALTKE, K. Bruce. Teologia do Antigo Testamento: uma abordagem exegética, canônica e temática. São Paulo: Vida Nova, 2015, p.343-4. Adquira aqui!

Fonte onde foi copiando o texto: http://bereianos.blogspot.com.br/2016/06/etica-e-pena-de-morte.html